Israel retoma ataques a Gaza: mais de 400 mortos após fim do cessar-fogo com o Hamas

Israel encerrou um cessar-fogo de quase dois meses com o Hamas e lançou uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza, resultando em mais de 400 mortos e centenas de feridos. A ofensiva ocorreu após o fracasso das negociações para a libertação de reféns israelenses mantidos pelo grupo militante.
Fim do cessar-fogo e início dos ataques
Na madrugada de terça-feira (18), por volta das 2h (20h de segunda no horário de Brasília), Israel iniciou uma série de bombardeios em Gaza, atingindo diversas localidades, incluindo a capital homônima, Deir al-Balah, Khan Yunis e Rafah. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, os ataques resultaram em pelo menos 404 mortos e 562 feridos, muitos dos quais mulheres e crianças.
Motivações e contexto político
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou a retomada dos ataques alegando a recusa do Hamas em liberar mais de 50 reféns israelenses e em estender o cessar-fogo. Netanyahu afirmou que Israel aumentaria a pressão militar sobre o Hamas até que os objetivos fossem alcançados.
A decisão de encerrar o cessar-fogo ocorre em meio a tensões políticas internas em Israel, com pressões de coalizões de direita para uma postura mais agressiva contra o Hamas. Além disso, a administração dos EUA, sob o presidente Donald Trump, expressou apoio às ações de Israel, responsabilizando o Hamas pela escalada do conflito.
Reações internacionais e situação humanitária
A comunidade internacional reagiu com preocupação à retomada das hostilidades. A ONU condenou os ataques e pediu o fim imediato da violência, enquanto países como Egito e Catar, que atuavam como mediadores nas negociações de paz, criticaram a ação israelense.
Nos hospitais de Gaza, a situação é crítica, com instalações sobrecarregadas e falta de suprimentos médicos para atender o elevado número de feridos. A destruição de infraestruturas essenciais agravou ainda mais a crise humanitária na região.
Perspectivas futuras
A retomada dos confrontos levanta preocupações sobre a possibilidade de uma escalada ainda maior do conflito e o impacto contínuo na população civil. A comunidade internacional continua a pressionar por um retorno às negociações de paz e pela implementação de um cessar-fogo duradouro que possa aliviar o sofrimento na região.